- O mais engraçado é que há nove meses você tinha toda paciência do mundo comigo... o que há com você, Joseph? Queria ver o que ia dizer se tivesse carregando essa barrigada do tamanho da Terra - respondi saindo do banheiro e indo fechar o zíper da bolsa cor-de-rosa da criança que nasceria em poucas horas.
- Ah, desculpe, Amor! É que essa pressão está acabando comigo. Cheguei 5h00 da madrugada, essa noite... o povo não parava de pedir música! Mas tirei um dinheirinho até bom...
- Você não entende nada de pressão, Joe. Acredite... Mitchie está acabando comigo! Eu deveria estar realmente brava com você por ter chegado tão tarde, Senhor Jonas. Vamos, estou pronta.
Ele pegou a minha bolsa e a da filha e saímos de mãos dadas até o carro. Ele não abriu a porta para mim, isso só durou até nos casarmos, mas pelo menos ele foi cavalheiro um dia, fez boa fama.
-Argh! Que cheiro horrível de gasolina, Joe. Espero que quando eu for sair do hospital com a neném, você tenha dado um jeito nisso...
- Ah, qual é, Demi? Você acha que esse Chevette de mil novecentos e antigamente, tem alguma chances de ficar com um bom cheiro?
- Eu não sei - resmunguei irritada - Se vira, querido, porque isso pode fazer muito mal para a pequena Mitchie, você não quer um recém-nascido doente, ou quer?
- Tá bem... eu vou ver se o Senhor Eddie me empresta a Mercedes dele - ele respondeu derrotado - Você bem sabe que ele não gosta de emprestar as coisas dele...
A verdade é que papai não gostava de Joe e por isso não gostava de emprestar suas coisas para Joe. Por isso, dei de ombros e fui o resto do caminho com o rosto encostado na janela do carro. Aquela barriga enorme estava acabando comigo. Era muito pesada. Acho que engordei uns 50 Kg ( não tanto).
Chegamos ao hospital, fizemos o cadastro e logo o Dr. Smith me chamou à sua sala. Joe me empurrou numa cadeira de rodas por todo o trajeto até lá, pois estava cada segundo mais difícil me mover.
- Hey, Senhora Jonas?! Está preparada para segurar sua garotinha? - perguntou o Dr. Smith quando entramos em sua sala.
- Não muito, mas vamos ver no que isso vai dar, Doutor...
- Bom, você não precisa ficar com medo, pois tudo vai dar certo. - ele disse tentando me acalmar
Fui colocada numa maca e levada para a sala de cirurgia. Acho que nunca senti tanto medo em toda minha vida, por que eu já tinha visto em novelas as mulheres ganhando anestesias com aquelas agulhas do tamanho de um cabo vassoura, então meu coração estava para saltar pela boca.
Apesar disso, eu sabia que ia dar certo, então apenas tentei relaxar e apertei a mão de Joe para me sentir mais segura. O médico me anestesiou e eu nem senti dor com a agulha-cabo-de-vassoura, e aos poucos fui perdendo os sentidos e as pessoas se tornaram borrões e por fim se apagaram.
No começo, minha mãe queria que eu fizesse um parto normal, pelo fato de ser mais natural e porque muito provavelmente ela queria me ver sofrer um pouquinho, mas com os exames que fiz, o médico concluiu que seria melhor fazer uma cesariana, pois o bebê não estava na posição correta e não podia passar do dia de nascer pelo fato disso poder levá-lo a óbito, então assim foi.
***
Senti alguma coisa sugando o meu seio e a minha barriga de repente pulsou numa dor que eu nunca havia sentido antes. Cogitei que a pequena Mitchie estava experimentando o leitinho da mamãe e tudo estava bem, exceto pelas dores que estavam me deixando débil.
Lutei com força para abrir meus olhos e aos poucos consegui ver as paredes branquinhas que me cercavam e aquela coisinha pequeninha em meus braços.
- Ah, enfim você acordou, Amor! - Joe festejou quando percebeu meus movimentos.
- Estou com muita dor, Joe... você pode chamar o médico?
- Ele falou que você acordaria com dor e o melhor a fazer é ficar bem quietinha e calada para não mover nenhum músculo...
Olhei para a minha filha e memorizei cada detalhe do seu corpinho minúsculo. Sua pele era tão branca quanto a minha e os dedinhos eram os mais incríveis que já vi em toda a minha vida, não pude ver seus olhos, pois ela dormia feito um anjo.
- Ela é tão perfeita, Joe - disse, quase emocionada.
- Como você - Ele respondeu, acariciando o meu rosto levemente com as costas dos dedos.
Apenas pisquei um pouco e sorri para ele, como se dissesse obrigada. Eu o amo tanto, mas nessa hora não tive muitas forças para dizer sequer uma palavra a ele.
Resposta ao coment *-*
Ká Cyrus: Você passou o link do seu blog errado, então manda de novo que eu vou seguir sim, Babe! Ah, e obrigada por estar gostando da história, continue comentando e logo logo eu posto, beijos.
Gente, por favor, comentem algo, eu preciso saber o que vocês estão achando, porque se tiver uma merda, eu nem vou perder meu tempo...
Tenham uma boa noite (:
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Tenham uma boa noite (: